quarta-feira, 23 de março de 2011

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O pó resguardado
poeira escondida dos nossos olhos
poeirentas vistas cansadas

não a idade avançada
lâmina que da espada penetra
o corpo sem carnes

pó dos ossos
fragmentados

pó resguardado do vento
em caminhos intransitáveis
de rasgadas faces em sorrisos
no corpo lançado ao solo

refreio o entusiasmo
e espero melhor hora
no pó que se acumula
e é guardado.

(Pedro Du Bois, inédito)

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