quarta-feira, 2 de março de 2011

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Só mesmo a sim

Exercício de composição - entre aspas trechos de músicas do CD Novos Baianos


Só mesmo a sim
Para Edna e Rômulo


“Quando cheguei tudo, tudo, tudo estava virado...”. Sem a sua licença, eu vim. Com a sua licença, fiquei. Não havia mais quereres de descer do mundo. Nem por um pouquinho. Afinal, “por que não viver nesse mundo se não há outro mundo?”
“Quem vai de não - não chega, não”
“Acabou chorare no meio do mundo – respirei eu fundo”. “Abri a porta e a janela e fui ver o sol nascer”. “A menina dançou até o sol raiar”
“Eu sou um pássaro que vivo avoando”. Sim, sou, e gosto disso. Além do que, o sol é meu - é nosso, moramos num país tropical. Não há dor fria por aqui e se a pressão baixa, ouvimos o batuque. “Minha carne é de carnaval, meu coração é igual(...) Por isso de qualquer pedaço eu faço um campo grande”
Depois, o que são as crises senão uma oportunidade para experimentar outras direções? Eu vou, “jogando meu corpo no mundo”.
“Eu vou a sim, e venho a sim”. “Pra ir só mesmo assim: no duro tinindo, tinindo, brincando”. E se inundando da ternura e suavidade da cantiga que diz: “acabou chorare, ficou tudo lindo, de manhã cedinho”...

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Luiz Delfino de Bittencourt Miranda

È chegando e é saindo,
que a gente vai sentido,
o calor da solidão;
no batuque da cidade,
voce deixa a claridade,
que sai do seu coração...

Beijo SOREG

Saudade

Luiz Delfino