A porta se abriu e a Diretora entrou com um grande sorriso. Em poucas palavras explicou-me que Carlita havia deixado naquela caixa de sapatos, junto com fotos antigas, um testamento redigido e devidamente registrado com testemunhas idôneas, muito antes de entrar para o asilo. Nele, ela deixava tudo o que lhe pertencia à pessoa que estivesse cuidando dela ao morrer. Fosse essa pessoa quem fosse. A diretora explicou também, que antes de me chamar para comunicar essa decisão, eles foram verificar junto aos canais competentes a validade de tal testamento, e também ver o que teria a gentil senhora em termos de bens e valores. Não era uma fortuna, mas havia uma poupança razoável e um apartamento no centro da cidade. E o testamento não podia ser contestado pela família por ter sido feito muito antes de ela entrar para o asilo. Resumindo, eu havia herdado os bens de Carlita.
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