Comenta-se que em algum lugar do mundo há um castelo onde o tempo permanece estático. Diz-se também que entre os muros do referido castelo acontece uma festa de início ignorado e sem previsão de término, uma festa que acolhe a todos, nobres e plebeus, regada pelo mais puro vinho e pelas mais variadas iguarias.
Confiantes nesses comentários, muitos homens, ansiosos, partem em busca do castelo. Todos esperam encontrá-lo, pelo menos, ainda na juventude, podendo assim desfrutar para todo o sempre da companhia das donzelas e do fulgor da festa. Muitos desses homens, no entanto, acabam descobrindo pelo caminho cidades mais belas que as suas e lá se estabelecem. À outra parte desses homens é dado o privilégio de encontrar mulheres nunca antes imaginadas e a paixão abrupta que os acomete cancela os seus projetos. A grande maioria dos homens, porém, talvez devido a sua pouca idade, acaba em verdade por se perder nos desertos e florestas, sem ter ninguém a quem recorrer, e só mesmo os que têm sorte, muita sorte, é que retomam para seus antigos lares, mas ainda assim marcados até a morte pelo peso do fracasso e da vergonha.
Os poucos homens que por fim alcançam o castelo, ao divisar seus altos muros não acreditam no que vêem. Trazem ainda consigo imagens antigas, histórias de província, e inúteis são os apelos das donzelas que acenam e convidam com lenços coloridos e sorrisos. Nem mesmo o cheiro de assado que paira no ar e o som dos instrumentos de corda são capazes de convencê-los de que a viagem chegou ao fim. Indignados, certos de que estão sendo vitimas de alguma espécie de engano, os homens preferem mudar de direção, buscar um outro castelo que corresponda aos comentários de outrora, um castelo mais distante que caiba em seus sonhos.
Confiantes nesses comentários, muitos homens, ansiosos, partem em busca do castelo. Todos esperam encontrá-lo, pelo menos, ainda na juventude, podendo assim desfrutar para todo o sempre da companhia das donzelas e do fulgor da festa. Muitos desses homens, no entanto, acabam descobrindo pelo caminho cidades mais belas que as suas e lá se estabelecem. À outra parte desses homens é dado o privilégio de encontrar mulheres nunca antes imaginadas e a paixão abrupta que os acomete cancela os seus projetos. A grande maioria dos homens, porém, talvez devido a sua pouca idade, acaba em verdade por se perder nos desertos e florestas, sem ter ninguém a quem recorrer, e só mesmo os que têm sorte, muita sorte, é que retomam para seus antigos lares, mas ainda assim marcados até a morte pelo peso do fracasso e da vergonha.
Os poucos homens que por fim alcançam o castelo, ao divisar seus altos muros não acreditam no que vêem. Trazem ainda consigo imagens antigas, histórias de província, e inúteis são os apelos das donzelas que acenam e convidam com lenços coloridos e sorrisos. Nem mesmo o cheiro de assado que paira no ar e o som dos instrumentos de corda são capazes de convencê-los de que a viagem chegou ao fim. Indignados, certos de que estão sendo vitimas de alguma espécie de engano, os homens preferem mudar de direção, buscar um outro castelo que corresponda aos comentários de outrora, um castelo mais distante que caiba em seus sonhos.
3 comentários
O homem, o homem...
Belo texto, Parreira! Parabéns!
Sutil, mágico, verdadeiro... Lembra os contos infantis de castelos, príncipes e princesas, mas com o diferencial de que lembra os caminhos paralelos que são bem mais fáceis de serem trilhados... Parabéns! :-)
talvez... talvez, entrar no castelo pode ser tão terrível como perder o dom de sonhar... para estes, melhor é procurar.
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