não há canduras em névoas
mares não rugem
ou é rosada a paz
mas, o ardor do sol, é real
mantém-se pra cá das janelas
junto ao rio
num céu que permanece azul
o sax desamarra fitas e laços
pés apalpam, da vida,
mais que o rigor.
e experimentam
dançam nas asperezas aplainadas
sem mais desalento ou renúncias
a hora é de movimento:
baila, o justo
e prepara-se, o novo.
sonia regina
08052011
3 comentários
suavemente belo. obrigado pela partilha.
JFernandes
Sônia,
seu poema seduz a nossa imaginação: levemente coreografando palavras.
Beijos,
Tânia.
Júlio, Tânia, companheiros dessa que chamo de "jornada difícil com as palavras":
Talvez menos difícil que a vida, mas mais leve - ou sem cargas.
Talvez por isso minhas palavras transmitam suavidade, ou leveza. Não sei. É uma questão que me coloco sempre.
Obrigada pela leitura, amigos, pelo comentário e pela companhia. Essa é uma partilha na vida.
Beijos da Sonia
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