domingo, 8 de maio de 2011

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a bailarina - sonia regina



















não há canduras em névoas 
 mares não rugem 
ou é rosada a paz 

mas, o ardor do sol, é real 

 mantém-se pra cá das janelas 
junto ao rio 
num céu que permanece azul 

o sax desamarra  fitas e laços

pés apalpam, da vida,
mais que o rigor.
e experimentam

dançam nas asperezas aplainadas

sem mais desalento ou renúncias
a hora é de movimento:
baila, o justo

e prepara-se, o novo.


sonia regina
08052011




3 comentários

Júlio

suavemente belo. obrigado pela partilha.
JFernandes

Tânia Du Bois

Sônia,
seu poema seduz a nossa imaginação: levemente coreografando palavras.
Beijos,
Tânia.

sonia regina

Júlio, Tânia, companheiros dessa que chamo de "jornada difícil com as palavras":

Talvez menos difícil que a vida, mas mais leve - ou sem cargas.

Talvez por isso minhas palavras transmitam suavidade, ou leveza. Não sei. É uma questão que me coloco sempre.

Obrigada pela leitura, amigos, pelo comentário e pela companhia. Essa é uma partilha na vida.


Beijos da Sonia