sábado, 4 de fevereiro de 2012

0

Sábado com os autores [2012, de 28.01 a 03.2]


Para receber as atualizações de Letras et cetera em seu e-mail,

digite-o na caixa e pressione o botão ao lado (submit).


  • VOLTA ÀS AULAS

    Posted: 2012-02-03 18:05:04 UTC-02:00
    não te ensinaram em casa não te ensinaram na vida que raio de escola é essa que prega a mentira de amor leciona a promessa furada orienta a lesar quem te ajuda e a tomar decisões sem ouvir preciso voltar ao colégio pesquisar nos teus alfarrábios aprender as lições dos teus livros para ser aprovada nos teus testes e passar a vida ferindo a quem amo **********
  • FORMAS

    Posted: 2012-02-03 15:24:22 UTC-02:00
    Observa o formato da montanha entende o vento e a terra arrastada ao giro permanente apressa-se em direção ao cume e desfruta o desgaste natural o tamanho diminui no tempo desprovido de explosões vulcânicas na elastecida crosta em lavas inocentes conserva o fogo das entranhas e se reproduz no insensato corpo sobre a relva. (Pedro Du Bois, inédito)
  • O Cristo

    Posted: 2012-02-03 12:48:56 UTC-02:00
    ... e Cristo resolveu descer da sua cruz pra dar uma voltinha. Pouca gente o reconheceu, é claro, mas aqueles que sacaram o lance botaram logo a boca no mundo: — Cristo voltou! Cristo voltou! — Voltei nada! — retrucou ele. — Estive sempre aqui, pô! Como era de se esperar, o acontecido se espalhou rapidamente pela cidade e foi parar no interior de uma igreja, bem dentro do ouvido atento de um
  • Leonardo Boff - Desenvolvimento sustentável:crítica ao modelo padrão

    Posted: 2012-02-03 10:03:41 UTC-02:00
    Os documentos oficiais da ONU e também o atual borrador para a Rio+20 encamparam o modelo padrão de desenvolvimento sustentável: deve ser economicamente viável, socialmente justo e ambientalmente correto. É o famoso tripé chamado de Triple Botton Line (a linha das três pilastras), criado em 1990 pelo britânico John Elkington, fundador da ONG SustainAbility. Esse modelo não resiste a uma crítica
  • CONTAÇÃO: "Parábola" (por M.Mei)

    Posted: 2012-02-02 13:03:32 UTC-02:00
    PARÁBOLA O desespero e os comprimidos. O copo d’água com muito sal, o banheiro. Nada. O telefone, o sono, o sono. A rua, o hospital. Espasmos, convulsões. Os telefonemas e a decisão dolorida, lá da boca do estômago. O choro, o desespero. O sono. A estrada, o hospital psiquiátrico. Olá, moça bonita, qual é o seu nome? João. Olhares cruzados, um riso seco. Talvez o protesto. Outra
  • MÂE

    Posted: 2012-02-03 10:10:22 UTC-02:00
     M Ã E Olho aquele rosto perdido no meio do nada. Alguem sem lembranças , sem futuro ? Seria a sua vida um eterno agora ? Ela abre a boca e me chama pelo nome do meu tio. Saberá ainda quem é ou o que foi ? A doença dissolveu - lhe as fantasias ? A mente virou uma tabula rasa
  • CAVALOS

    Posted: 2012-02-03 10:09:59 UTC-02:00
    "Se o olhar visse cavalos: / estar agora sob as crinas: / estar acordado quando vê-los...” (Fernando J. Karl) Ao passar por túneis que cruzam o tempo e guardam a parte das tradições é sempre interessante conhecer, lembrar e reler a história, com seus grandes momentos, como encontramos na obra O massacre dos Porongos & Outras Histórias Gaúchas, de Paulo Monteiro, onde rememora a história do Rio
  • A realidade de cada um

    Posted: 2012-02-03 10:09:37 UTC-02:00
    Desconheço a ordenação dos anjos,mas sei das cores nas fachadas das casas.Na foto antiga, as casas já receberamO insofismável tom trazido pela areia do tempo.Naqueles olhos ausentes,que cruzaram desapercebidosa falsa eternização do momento,surpreendo o olhar humano.Desconheço a verdade dos santos,mas tenho aprendido sobre a mutilação do desejo. Jorge Elias Netowww.jeliasneto.blogspot.com
  • A DANÇA DOS ARCOS - III. A DANÇA DOS ARCOS - JANDIRA ZANCHI

    Posted: 2012-02-03 10:08:47 UTC-02:00
    A DANÇA DOS ARCOS – III. A DANÇA DOS ARCOS Mudança de cena à largas passadas seguem-se em cena cenários cenáculos solidão, palavra sem rima, (com imensidão)? infinita é a ausência do olhar amadobendita é a terra das pegadas quase santassegue-se sonífero salgadosalguei-me retificada a temposobraram-me excessivos
  • timeo hominem unius libri*

    Posted: 2012-01-31 23:38:57 UTC-02:00
    De Alessandro Teixeira Neto e André Fenili, Janeiro de 2004YinA chuva que iniciara no começo da tarde ainda não havia cessado.Da janela de seu apartamento, Sandra observa o vai-e-vem aparentemente sem sentido das pessoas lá embaixo. Em noites como essa é que ela se sente mais sozinha. Em sua mente, idéias de solidão mesclam-se com idéias persistentes de portais para outras dimensões e curvaturas
  • POEMA ESTÉTICO

    Posted: 2012-02-03 10:08:06 UTC-02:00
    Preciso urgentemente de um poema estético, eliminar a gordura localizada da palavra, depilar o verbo e limpar a pele da poesia! Necessito impreterivelmente de uma rima cirúrgica, da assepsia do olhar sistólico, laquear o peito lacerado! Careço remover os resíduos de ossos triturados na medula da saudade, suturar a deiscência da canção. Uma incisão limpa no músculo entremeado de versos, cujas
  • O inicio da humanidade

    Posted: 2012-02-03 10:07:11 UTC-02:00
    Era uma praiaUma praia de areia verde e água amarelaEra uma praiaUma praia só com um homem e uma mulherGigantes e nusEra uma praiaMetade de sol e metade de luarNa metade do diaO homem tapava o sol com a mãoPara refrescar a mulherNa metade da noiteA mulher cobria o homem com as suas pestanasPara o aquecerUma só árvore bordava a praiaA árvore de mil frutosSempre madurosUm só pássaro sobrevoava a
  • Num flash

    Posted: 2012-02-03 10:06:48 UTC-02:00
    Estava além de qualquer horário. Era intrigante. O relógio já não mais lhe apontava ameaçador, seus ponteiros pontiagudos. Livre. Livre? Já não sabia. Não entendia qualquer liberdade. E enquanto a mulher retirava o corpo da cama e se preparava para trabalhar. Fingia dormir. Era um grande fingidor. Até felicidade fingia. Sorrisos, amenidades, afagos... era bom em fingir. Do outro lado do
  • IMPIEDOSA - JANDIRA ZANCHI

    Posted: 2012-02-03 10:05:44 UTC-02:00
    Luzes? Acenos? Partículas dançam - sem sombras – qual lágrima impiedosamascaro o som e alterno o escutar fragmentadointercalado de sustenidosem seu momento –o dia percorre o seu instantee caço lembrançasque se entrecruzam em pedaços de mármore e fuga.
  • Haicai

    Posted: 2012-01-30 17:53:55 UTC-02:00
    O tempo todo apenas um momento todo o tempo.
  • A ÚLTIMA PALAVRA

    Posted: 2012-01-30 17:43:02 UTC-02:00
    ele se gaba de ter sempre a última palavraeu, ao contrário, preferia a primeirano fim, ambos conseguimos o que queríamos:eu fui a primeira a ser esquecida,ele, o último a ser lembrado.************
  • Posted: 2012-01-30 17:42:26 UTC-02:00
    O moço era moreno, cor de Ébano achocolatado E o seu sorriso estava embebido de empática sagacidade Gosto de observar os homens comprometidos acompanhados de suas mulheres Nem cobiça nem contemplação.
  • A Samambaia do Amor

    Posted: 2012-01-30 17:42:03 UTC-02:00
    Jussara e Mauro são casados. Isso significa absolutamente nada, na maioria dos casos, mas não no caso de Jussara e Mauro. Fossem essas linhas escritas daqui cinqüenta anos, ainda assim iniciariam em: Jussara e Mauro são casados. Esse é o caso.Ela fez o Normal, lecionava português no Méier. Ele não, por isso dirigia caminhões por aí, pelo interior de Minas e pelo Mato Grosso. Viajava até o sul por
  • Último Pedido

    Posted: 2012-01-29 09:53:45 UTC-02:00
    Primeiro levaram-me o coração. Não dei muita importância ao fato: ele já estava demasiadamente despedaçado e doente. Mas não ficou por aí. Penduraram-me pelas mãos numa grande árvore em praça pública. Temi que rissem da minha situação, preso ali e nu, sem coração. Mas ninguém reparou. Somente no final da tarde é que o primeiro homem apareceu. Mediu-me de cima a baixo. Em seguida, apalpou-me as
  • A Dama do Metrô 66

    Posted: 2012-01-30 17:43:22 UTC-02:00
    Malu levantou a saia.Em cima do caixote, com a saia levantada, deixou que o velho, de joelhos, cheirasse suas partes íntimas. Aquilo para ela não queria dizer nada, talvez para o velho poderia dizer muitas coisas, mas na sua meninice não entendia os adultos.- Abaixe a calcinha, pediu o velho.Abaixou a calcinha. Os olhos do velho brilhavam, aproximou o rosto, o nariz e exalou a essência
  • “Ó BELEZA! ONDE ESTÁ A SUA VERDADE?”

    Posted: 2012-01-30 17:45:22 UTC-02:00
    A fórmula que faz você bonita por mais tempo é mágica que mexe com a imaginação e com os sentidos, e que pode ser alcançada através da leitura. Não é necessário ser novo para ser bonito, mas é preciso ler para adquirir cultura e “flutuar na magia”. Essa é a verdade! O maior desafio é modificar uma geração. É ir derrubando uma a uma as imposições até não pairar nenhuma

Seja o primeiro a comentar: